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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Prefeito anuncia demissões e cortes e provoca pânico e revolta


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O anúncio do prefeito Elmo Vaz (PSB), de Irecê, numa emissora de rádio local, de que a crise econômica o pegou desprevenido e o obrigará a tomar medidas amargas para que o orçamento chegue até dezembro, demitindo nomeados, terceirizados e contratados da Prefeitura, está deixando a população do município em pânico e revoltada. Dois funcionários da Prefeitura escreveram a este Política Livre dizendo que se, como o prefeito afirmou, suas expectativas de repasse e arrecadação para a cidade foram frustradas, ele não tinha o direito de ter gasto tanto dinheiro na festa de São João.
Um deles calcula em 300 o número de servidores a serem demitidos pela Prefeitura, o que deve causar um impacto social estrondoso. Ele também enviou o trecho do áudio em que Elmo Vaz afirma que esperava ter recebido cerca de até 80% dos recursos destinados à cidade no ano passado, mas “infelizmente, está expectativa não existe mais”. E lamenta que o prefeito tente tirar o foco da crise na cidade, ao tentar falar da situação em todos os municípios do chamado “platô” de Irecê. “Não temos nada a ver com a situação de outras cidades. Será que ele não previa o que podia acontecer?”, questiona.
Além de demitir – o prefeito diz que só estarão a salvos os efetivos, a Prefeitura vai reduzir gastos com combustíveis e investimentos que estavam previstos, segundo Elmo Vaz. “Os municípios do platô de Irecê vão ter que tomar medidas amargas, mas necessárias. O objetivo é honrar com os nossos compromissos. As medidas podem ser impopulares, elas podem trazer dificuldades, até de ordem política, mas são necessárias para continuar honrando esses compromissos assumidos e os correntes, ordinários”, disse o prefeito, prevendo o corte de gastos em 50%.

Elmo Vaz atribuiu as medidas ao arrocho, à redução de repasses e ao aumento de despesas. Os servidores dizem que Irecê vive um dos momentos mais críticos dos últimos tempos, com PSFs sem médicos, falta de exames e medicação nas Unidades de Saúde, além de atrasos no pagamento de salários, sem contar das dívidas acumuladas com fornecedores e prestadores de serviços. “Se o prefeito não sabia que o país está em crise, não deveria nem ter concorrido. Estamos todos desesperados com o fato de termos sido pegos numa crise com alguém que parece não ter consciência dos desafios”, protestam os servidores no texto.


Política Livre


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